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Dia de posse no Palácio
O governador reeleito Cláudio Castro deu nome ao novo secretariado nesta segunda

Postado por admin em 02/jan/2023 - Sem Comentários

O governador Cláudio Castro (PL) deu posse ao seu novo secretariado em cerimônia realizada no jardim de inverno do Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, na manhã desta segunda-feira. O encontro reuniu centenas de pessoas e autoridades de todo o Estado, que ouviram as propostas para o novo ciclo de Castro, que na ocasião apresentou novas secretarias.

Acompanhado da primeira-dama, Analine Castro, os filhos e dos familiares do vice governador Thiago Pampolha, o governador destacou a liderança do Secretário de Governo, Rodrigo Bacelar e do Coronel da PM Luiz Henrique Marinho, que seguem nas respectivas pastas.

Dentre as novas secretarias estão a da Mulher, comandada Heloísa Aguiar e a Secretaria de Habitação e Intergeracional de Juventude e Envelhecimento Saudável, com Alexandre Isquierdo. Castro ainda anunciou a extensão do programa Cidade Integrada nas comunidades Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, e no Cesarão, em Santa Cruz, Zona Oeste.

A solenidade contou com a presença do presidente da Fundação Santa Cabrini, José de Sousa, o Presidente do Republicanos, Luiz Carlos Gomes e o Secretário Estadual do partido, Marcelo Vicente, os Deputados Daniell Librelon, Tia Ju e Rosângela Gomes, também escolhida para a Secretaria de Assistência Social. O evento começou com o governador fazendo a revista da Tropa Palaciana em frente à fachada do Palácio Guanabara, a execução do Hino Nacional, dando seguimento à posse dos novos secretários.

Cedae inaugura Espaço de Leitura Desembargador Paulo César Salomão

Postado por admin em 27/dez/2022 - Sem Comentários

O Governador Claudio Castro e o Presidente da Fundação Santa Cabrini homenagearam a iniciativa

Governador Cláudio Castro assina inauguração do Espaço de Leitura Desembargador Paulo César Salomão

A Cedae inaugurou, na última quarta-feira (21), o Espaço de Leitura Desembargador Paulo César Salomão, mais uma ação do Centro de Ressocialização Chagas Freitas, localizado na Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, em Nova Iguaçu. O governador Cláudio Castro, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e irmão do homenageado, Luís Felipe Salomão abriram a placa ao lado da viúva, Maria de Lourdes Salomão, e de Paulo César Salomão Filho.

A biblioteca será usada pelos apenados que integram o Replantando Vida, mantido pela Companhia há 21 anos, e que é o maior empregador de mão de obra prisional do país. Cerca de 80% dos presos que participam do programa e que têm a chance de acesso ao trabalho, cultura e a qualificação profissional, saem dos índices de reincidência no crime.

“Hoje a gente homenageia, com o nome da biblioteca, alguém que foi e é um exemplo. O legado dele se tornou maior do que a presença entre nós. Isso é algo só para os grandes. O programa Replantando Vida proporciona que um novo tempo nasça para quem passou ou ainda passa por um momento de reclusão”, disse o governador Cláudio Castro.

O Presidente da Fundação Santa Cabrini, José de Sousa, o Desembargador do STJ, Luis Felipe Salomão e o Coordenador do Projeto Replantando Vida, Alcione Duarte, da Cedae

O Presidente da Fundação Santa Cabrini, José de Sousa e Silva, instituição parceira da Cedae no gerenciamento de mão-de-obra da Estatal comemorou a iniciativa. “A Cedae é uma das maiores empresas preocupadas com as questões sociais, ambientais e de reintegração de pessoas. Posso dizer em nome da Fundação Santa Cabrini que é um privilégio ver empresas responsáveis levando o nome deste desembargador homenageado a um espaço de cultura e educação para centenas de colaboradores que ainda integram o sistema”, parabenizou o presidente da FSC.

“Hoje temos 600 pessoas participando no Replantando Vida, que tem números extraordinários. Entre os prêmios já conquistados, destaco o projeto que transforma o lodo do esgoto em fertilizante, reconhecido pela ONU, e utilizado no cultivo de mudas e sementes em nossos viveiros”, resumiu Leonardo Soares, presidente da Cedae.
O nome do desembargador foi escolhido porque era um homem das palavras, com vários artigos e livros publicados. Ele faleceu precocemente em 2008. Emocionado, o filho agradeceu a iniciativa:

“É com imensa honra e, claro, com muita emoção que participo dessa homenagem. Quero registrar a imensa gratidão de nossa família pela oportunidade de eternizarmos, mais uma vez, a memória de um grande ser humano. Há um ditado que diz que, enquanto estamos sendo lembrados, nós não morremos. Hoje, meu pai está revivendo neste espaço” descreveu Paulo César Salomão Filho.

Ainda estiveram presentes à cerimônia da inauguração o vice-governador eleito Thiago Pampolha; o Coordenador do Replantando Vida, Alcione Duarte, o juiz da Vara de Execuções Penais (VEP) Marcello Rubioli; o presidente da Fundação Santa Cabrini José de Sousa e Silva; o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) Elton Leme; o procurador-geral de Justiça Luciano Mattos, o desembargador Mauro Pereira Martins; o desembargador Agostinho Teixeira; e o subprocurador-geral de Justiça Marfan Vieira Martins.

“O crime roubou a minha história, mas, hoje, através da Fundação Santa Cabrini, eu estou reescrevendo ela” Solimar Santos

Postado por admin em 16/maio/2022 - Sem Comentários

É quinta-feira, 12 de maio. São 8:40 de uma manhã ensolarada na zona sul do Rio. Solimar dos Santos, 46 anos, mais conhecida como “Tia Sol”, desce na estação de metrô na Praça do Largo do Machado e caminha entre os comerciantes em direção à Igreja Matriz da Glória, o ponto de referência para o seu lugar de destino. Ao chegar na escadaria da Igreja neoclássica, olha para o seu lado direito e logo reconhece, com base nas fotos que havia visto nas redes sociais, o local que procurava: a Fundação Santa Cabrini.

Um filme passa em sua cabeça. Enquanto desce as escadas da Igreja e caminha em direção ao edifício branco localizado no Largo do Machado 48, Solimar recorda da primeira vez que ouviu falar da FSC: “Eu ainda estava lá dentro no sistema prisional. E me perguntava direto: quando eu sair daqui, pra onde vou? Como vou recomeçar? O que vai ser da minha vida? Estava totalmente perdida. Até que uma amiga me explicou que eu deveria procurar a Fundação assim que começasse a responder em semiaberto, pois lá encontraria acolhimento e trabalho, só que achei muito mais que isso, encontrei o recomeço da minha vida”, relatou a Tia Sol.

Assim que chegou na Fundação, Solimar foi recepcionada pelo serviço social e, depois, encaminhada ao auditório no terceiro andar da instituição, para participar de uma oficina de qualificação profissional:
“Eu vim na FSC pela primeira vez semana passada, quando fui cadastrada e atendida pelas assistentes sociais. Aí ontem, recebi uma ligação e me chamaram para assistir a essa ambientação profissional para assim receber uma oportunidade de emprego. Em todo o processo, fiquei encantada com a atenção que me deram. Somos tratados como gente de verdade. Só quem passou pelo sistema prisional sabe o quanto é difícil encontrar algum lugar que nos acolhe, como a Fundação”, relembrou.

Solimar dos Santos tem duas filhas e cumpre pena desde 2019. Atualmente está em regime de Prisão Albergue Domiciliar (PAD). Segundo ela, foi a perda do filho, Ivan, em 2010, o gatilho para a sua mudança drástica de vida: “Perder meu filho me abalou muito emocionalmente. Para tentar escapar da dor, passei a beber, e pouco tempo depois já estava mergulhada no alcoolismo. Dois anos depois, já estava nas ruas usando drogas”, contou.


Família, emprego, reputação, aos poucos, Solimar relatou que foi perdendo tudo por causa da dependência química. Sem recursos para manter o seu vício, Sol disse que enxergou no crime sua única saída.
“Passei a ficar mais nas ruas, sem dinheiro e disposição para trabalhar, e vi no furto o meio mais rápido para sustentar os meus vícios. Comecei com um produto e outro num mercadinho. Eu furtava para vender e depois comprar drogas.”

Solimar viveu nessa vida por seis anos, até que foi presa: “Na minha prisão, em 2019, eu tinha certeza de que a minha vida tinha acabado ali. Como eu iria olhar nos olhos das minhas filhas de novo? Como eu seria um exemplo para elas e para as minhas netas? Por isso, costumo dizer que o crime roubou a minha história, mas, hoje, através da Fundação Santa Cabrini, estou reescrevendo ela”, relatou. Assim que começou a responder em semiaberto, Tia Sol seguiu o conselho que ouviu lá dentro do sistema e procurou a Fundação em busca de uma chance de recomeço.

Juntamente com ela, mais de dez pessoas em cumprimento de pena participaram do treinamento de qualificação profissional. Após a oficina, Solimar aguardou na recepção por sua carta de emprego, que a levaria, no dia seguinte, de manhã, até o seu novo local de trabalho. Ao receber o ofício em suas mãos do setor de empregos, Sol não conteve as lágrimas e desabafou: “É a primeira que consigo um trabalho digno depois de muito tempo. Cheguei a pensar que nunca teria essa chance de recomeçar e viver algo diferente. Hoje, eu abraço essa oportunidade que a Fundação Santa Cabrini me deu com unhas e dentes. Irei reescrever a minha história e ser um exemplo melhor para minhas filhas e netas”, concluiu.

Assim como a Solimar dos Santos, a FSC atende diariamente pessoas apenadas que também chegaram a pensar que não haveria possibilidade para o recomeço. Desde 1977, a instituição acredita que, por meio da qualificação e do trabalho, é possível reintegrar o indivíduo ao convívio social com dignidade e excelência. Nesse sentido, de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h, a Fundação Santa Cabrini proporciona atendimento psicossocial, treinamento profissional e oportunidades de trabalho a todos que buscam o recomeço no estado do Rio de Janeiro.