Postado por admin em 02/mar/2023 - Sem Comentários
Dezenas de pessoas em cumprimento de pena foram empregadas nesta última terça-feira (28), pela Fundação Santa Cabrini e encaminhadas às instituições parceiras. O grupo participou de uma roda de conversa com instrutores e com o Presidente da FSC, Alex Braz. Os novos contratados receberão remuneração de no mínimo um salário mínimo, transporte, alimentação e terão acesso aos serviços de assistência psicossocial e qualificação profissional, oferecidos pela Fundação. No ano passado, um total de 1.098 pessoas foram empregadas. Nos meses de janeiro e fevereiro deste ano o saldo já chega a 181.
De acordo com o Presidente da Fundação Santa Cabrini, Alex Braz, a contratação desses profissionais representa o resgate de pessoas e a felicidade de volta para famílias inteiras. “Por meio de nossas parcerias com instituições públicas e privadas, hoje estamos cumprindo o dever institucional da Fundação de reintegrar essas pessoas ao convívio social e ao mercado de trabalho. Cada contratado aqui representa uma família inteira que volta a ter renda e possibilidade de sonhar com um futuro melhor “, destacou.
Além da retomada de vida em sociedade com renda e dignidade, o trabalho permite o cidadão privado de liberdade a remir a sua pena um dia a cada três dias trabalhados. Para a Kátia Hellen, de 24 anos, uma das novas contratadas, a oportunidade foi um divisor de águas para sua vida: “Ter uma chance de emprego aqui fora para quem veio do sistema é muito difícil. As pessoas olham demais para o nosso passado. Sou mãe de quatro filhos e só queria uma oportunidade para trabalhar e sustentar a minha família. É uma nova vida que estou começando aqui hoje graças a Deus e a Fundação Santa Cabrini”, relatou.
Gestora do trabalho prisional no estado do Rio de Janeiro desde 1977, a FSC disponibiliza serviços de ressocialização como empregabilidade, assistência psicossocial e qualificação profissional à população. Atendimentos ocorrem de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, na sede da Fundação no Largo do Machado, 48, Catete.
Postado por admin em 26/set/2022 - Sem Comentários
Fundação Santa Cabrini lança ontem o seu primeiro documentário histórico de 45 anos do trabalho da instituição, hoje ligada à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Governo do Estado.
No curta, é possível conhecer os bastidores de sua construção , luta pela permanência da instituição por meio de vigílias e manifestações dos funcionários na década de 80 e a dignidade de cidadãos em cumprimento de pena sendo resgatada.
Celebrar os 45 anos da Fundação Santa Cabrini é celebrar a afirmação dos direitos civis e sociais da população em cumprimento de pena, já previstos na Lei de Execução Penal (LEP – 7.210/84). É celebrar a existência de uma sociedade fluminense mais cidadã, justa e inclusiva.
Com o tema “45 anos pela Cidadania”, o documentário também aponta os próximos passos desenhados pelo atual presidente da Fundação em prol da reinserção social. A reinauguração do Centro de Qualificação Profissional da Fundação, no Rio Comprido, é um dos principais destaques. Revitalizado e expandido com novos espaços e instalações, o CQPRO já qualifica por meio de dezenas de cursos de formação, que também incidem na remição de pena pelo estudo.
José de Sousa e Silva, 21° Presidente da instituição, reforça a meta de sua coordenação de expandir as parcerias e empregar até quatro mil profissionais em cumprimento de pena. “O aniversário é da Fundação Santa Cabrini, mas o presente é de toda a sociedade. Toda a população é beneficiada com o trabalho desempenhado pela FSC por uma sociedade mais inclusiva e segura para todos”, comemora
Postado por admin em 15/set/2022 - Sem Comentários
Mais uma edição do Empreender para Superar, uma parceria entre a Fundação Santa Cabrini e o SEBRAE, ocorrerá nesta quinta-feira (15), no Centro de Qualificação Profissional (CQPRO), no Rio Comprido, das 12h às 18h. O evento será ministrado e certificado pelo SEBRAE, e terá como objetivo a promoção do empreendedorismo e da educação financeira dos participantes, todos em cumprimento de pena.
Segundo o IBGE, o desemprego é uma realidade hoje vivenciada por quase dez milhões de brasileiros. A desocupação profissional atinge cidadãos de todo o país, mas é ainda mais grave entre pessoas em cumprimento de pena e egressos do sistema prisional. Um dos motivos é a discriminação que dificulta a contratação desta população no mercado formal de trabalho, marginalizando-a às atividades informais e de baixa remuneração.
Como consequência da falta de oportunidades no mundo do trabalho, a reincidência criminal se torna a opção de muitos, visto que a cada dez pessoas presas, sete são reincidentes no Brasil, como mostra o Relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Porém, ao invés de retornar à prática do crime, o cidadão privado de liberdade pode usar as suas capacidades, habilidades e talentos para empreender e conquistar a sua autonomia financeira.
Ademais, mesmo com emprego e ótimas condições de vida, sem organização e educação financeira, é impossível alcançar o sucesso almejado, segundo especialistas no assunto Empreendedorismo. Mas o que é preciso para abrir o próprio negócio? Como organizar as suas finanças? Como é a mentalidade e a postura de um empreendedor? Como se tornar um Microempreendedor individual (MEI)? São questionamentos, teorias e práticas que serão trabalhadas nesta edição do Empreender Para Superar, no dia 15 de setembro, das 12h às 18h, no Centro de Qualificação Profissional, no Rio Comprido. As inscrições ainda podem ser feitas gratuitamente na sede da Fundação Santa Cabrini, situada no Largo do Machado, 48, no Catete.
Postado por admin em 26/ago/2022 - Sem Comentários
Estão abertas as inscrições para o curso de informática, no Centro de Qualificação Profissional (CQPRO) da Fundação Santa Cabrini, no Rio Comprido. O início das aulas ocorrerá no dia 29 de Agosto, e as inscrições já podem ser realizadas na sede da instituição, no Largo do Machado 48, Catete. O curso será ministrado e certificado pelo Instituto Multidisciplinar de Formação Humana com Tecnologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ – IFHT), e também servirá para remição de pena dos alunos inscritos, conforme a Lei n° 12.433/11 (remição de um dia a cada 12h de estudo/curso).
Voltado exclusivamente ao público privado de liberdade, o curso irá cobrir várias áreas importantes, como componentes de um computador, operacionalização do Windows; edição de texto (Word), criação de planilhas (Excel), apresentações digitais (PowerPoint), noções de segurança digital, entre outros.
Estar atualizado com as noções de informática é essencial para se manter relevante no mundo do trabalho. É o que pensa o Dr. José de Sousa e Silva, Presidente da Fundação Santa Cabrini. “Hoje em dia, é muito difícil ser aprovado numa seleção de emprego sem ter conhecimento de informática. O mundo digital revolucionou as relações de trabalho na sociedade, e estamos aqui, no CQPRO, em parceria com o IFHT da UERJ, com o objetivo de preparar a população em cumprimento de pena para esta nova realidade profissional”, afirmou.
Postado por admin em 13/jul/2022 - Sem Comentários
O novo prédio passa por reformas estruturais e será reinaugurado em agosto
O Centro de Qualificação Profissional (CQPRO) da Fundação Santa Cabrini, no Rio Comprido, tem recebido reformas estruturais desde o início do ano. O objetivo é preparar as instalações para o início de cursos de qualificação profissional em diversas áreas, voltados para pessoas em cumprimento de pena de forma gratuita. As inscrições já estão sendo feitas na sede da Fundação, no Largo do Machado e através de um link disponibilizado nas redes sociais da instituição. As aulas têm início no dia 25 de agosto com a meta de capacitar e empregar 4 mil apenados até o final do ano.
Dentre as oportunidades de qualificação estão as oficinas de costura; serigrafia, silk screen; informática básica e assistente administrativo. De acordo com o Presidente da FSC, José de Sousa e Silva, a meta é entregar milhares de profissionais prontos para o mercado de trabalho até o final do ano. “O CQPRO é patrimônio público. É direito da pessoa em cumprimento de pena ter acesso à educação e a qualificação profissional. Por isso, estamos aprimorando o local com as reformas necessárias para que a nova unidade no Rio Comprido seja reinaugurada o quanto antes”, garantiu o presidente.
Faltando poucos dias para ser reaberto de cara nova, o CQPRO já é palco de transformação de vidas. Todo o processo de restauração da unidade está sendo conduzido por profissionais em cumprimento de pena em regime semiaberto como uma oportunidade de recomeço pelo acesso ao trabalho remunerado. É o caso do Irapuan Oliveira, 31 anos, que foi contratado recentemente para atuar na manutenção das obras. “Sou muito grato a Fundação Santa Cabrini. O que a gente mais quer é que a sociedade não olhe mais para o nosso passado, mas sim para quem estamos nos tornando hoje. Uma oportunidade para mudar de vida é tudo que precisamos”, contou.
Além dos cursos gratuitos ministrados por professores da UERJ, que é parceira da FSC, os alunos receberão um auxílio com valor de passagem para ajudar frequência nas aulas e ao final dos cursos, a certificação da universidade e o encaminhamento para as vagas de emprego que a Fundação também oferece. As inscrições já podem ser feitas na sede da FSC, no Largo do Machado, 48, Zona Sul do Rio de Janeiro. Informações podem ser obtidas pelo telefone 2334-4141.
Postado por admin em 29/jun/2022 - Sem Comentários
Quartou. São 6:30h da manhã e Irapuan Oliveira, 31 anos, já está saindo de casa, em Benfica, Manguinhos, a fim de pegar o transporte público para mais um dia de trabalho. Destino? Centro de Qualificação Profissional da Fundação Santa Cabrini, no Rio Comprido. “O mais comovente é ver o sorriso no rosto dos meus pais, ao me ver saindo de casa, todos os dias pela manhã, para trabalhar de forma digna longe do crime.” conta Irapuan, que desde o dia primeiro deste mês, trabalha como prestador de serviços pela FSC.
Uma juventude perdida entre as grades do crime
Sentenciado a cumprir quase 6 anos de pena por assalto à mão armada em 2016, Irapuan Oliveira revela que foi aos 13 anos, após o acidente sofrido pelo seu pai, que ele teve o seu primeiro contato com o crime: “Depois que o meu pai ficou debilitado com o acidente, sem poder andar,alguém precisava trazer o sustento e pagar o aluguel. Vi na boca de fumo a solução mais rápida. Meu irmão mais velho já estava envolvido no tráfico de drogas na comunidade, então segui o exemplo e entrei também.” relata
O fundo do poço
“Aos 13 anos, eu já usava maconha e lolo com frequência, mas foi aos 18, quando conheci a cocaína, que cheguei no meu fundo do poço. Aos poucos, vi todo dinheiro que eu conseguia na boca ir embora para sustentar o meu vício. Não conseguia ficar um dia sequer sem usar. Meu único momento de paz era quando estava drogado”
Sem mais condições para sustentar a dependência química, Irapuan relata que foi aos 25 anos que tomou a decisão de começar a roubar: “Os vícios roubam a nossa identidade, nossos princípios. Eu não tinha mais senso nenhum. Então decidi que iria roubar, e no primeiro meu assalto à mão armada na Cinelândia, no dia 29 de março de 2015, fui preso em flagrante.”
A reincidência
Depois de um ano em regime fechado nas unidades penitenciárias de Vicente Piragibe, Água Santa, Bangu 6 e Paulo Roberto Rocha, veio a recaída no crime: “Passei a responder em semiaberto em 2016, eu saía da cadeia às 7h e retornava às 22h. Infelizmente, eu ainda não tinha decidido a mudar. Estava nos vícios e por não encontrar nenhuma porta de emprego, até que chegou um dia em 2017, que evadi, não voltei mais pra prisão no horário e retornei pra boca de fumo.”
Assim como Irapuan Oliveira, milhares de pessoas em cumprimento de pena passam pelo mesmo dilema: não conseguem reconstruir suas vidas de forma digna, devido a falta de oportunidades, e retornam à vida ilícita. Se o objetivo real da pena é reintegrar o indivíduo infrator ao convívio social, faz-se necessário levantar a questão: “O que é preciso para ressocializar?” Desde 1977, “empregabilidade” e “qualificação profissional” são as respostas que a Fundação Santa Cabrini defende na sociedade para essa questão.
“A sensação que dá no preso que sai do cárcere e não encontra uma oportunidade de emprego, é que o crime é a única saída. Não dá pra apagar o meu passado e nem tirar da minha ficha o que eu fiz, então como vou conseguir um emprego? Eu não acreditava que poderia ter mais uma vida normal. Pra mim, o tráfico era a única alternativa” explica Irapuan.
Encontro com a Fundação
Preso novamente em 2020, Irapuan passou a questionar a vida na criminalidade: “Em 2019, eu perdi o meu irmão mais velho no tráfico de drogas. Eu trabalhava na mesma boca de fumo que ele desde os meus 13 anos. Perdê-lo tirou o meu chão e me fez repensar muito no que eu estava fazendo da minha vida. Que futuro eu iria ter vivendo foragido na boca de fumo? Mas eu não tinha coragem de me entregar. Quando me prenderam na porta de casa, em 2020, foi tudo muito constrangedor, mas também era um peso que eu tirava dos meus ombros. Eu já sabia que aquilo era inevitável. Mas dessa vez, retornei ao sistema decidido a não sair de lá como o mesmo homem.”
Em regime semiaberto desde dezembro de 2021, Irapuan encontrou na Fundação Santa Cabrini o quê não havia encontrado na primeira vez em que deixou o presídio: “Fiquei sabendo da Fundação através de um amigo que trabalha lá na Biblioteca Parque Estadual de Manguinhos. Contei para ele que eu não sabia o que faria da minha vida, mas que nunca mais voltaria ao crime. Então ele me falou que a FSC poderia me ajudar a recomeçar. E assim aconteceu.” conta
Irapuan foi atendido pelas assistentes e psicólogas da Fundação, participou das oficinas de qualificação profissional, e recebeu o seu ofício de emprego no início deste mês (1). “Só tenho a agradecer a Deus, primeiramente, e à Fundação Santa Cabrini, por essa chance de ganhar o meu sustento do jeito certo e com dignidade. Quando a pessoa sai da cadeia, ela sai sem rumo ou direção, sem saber onde começar. A Fundação foi o meu ponto de recomeço. Sou, hoje, um novo homem, longe da vida errada e dos vícios.”
Você está cumprindo pena em regime semiaberto? Está determinado a deixar o passado ilícito para trás a viver uma nova vida com dignidade, trabalho e qualificação? Faça com o Irapuan Oliveira! Visite a sede da Fundação Santa Cabrini, no Largo do Machado 48 Catete, e tenha acesso ao serviços do Estado do Rio de Janeiro voltados exclusivamente para sua ressocialização! Os atendimentos ao público são realizados de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, no Largo do Machado 48 Catete, Zona Sul do Rio.
Postado por admin em 28/jun/2022 - Sem Comentários
*Crédito de imagem: Lua Vieira
Na manhã dessa terça-feira (28), ocorreu a solenidade de certificação da primeira turma de detentas qualificadas pelo Projeto “Mudar de Vida: Perspectivas Além do Horizonte” na unidade penitenciária de Oscar Stevenson, em Benfica. Nesta primeira etapa, 23 mulheres em cumprimento de pena foram certificadas nos cursos de Aspectos do mundo do trabalho, Assistente administrativo e auxiliar de serviços gerais, promovidos pelo Instituto Multidisciplinar de Formação Humana com Tecnologia (IFHT) da UERJ.
O projeto, que também servirá para a remição de pena das detentas, teve como objetivo retomar as ações de ressocialização dentro das unidades penitenciárias, interrompidas nos últimos dois anos em decorrência da pandemia. Segundo o Presidente da Fundação Santa Cabrini, José de Sousa e Silva, a intenção é qualificar as apenadas enquanto ainda respondem em regime fechado, para que quando progredirem ao regime semiaberto, já estejam preparadas e treinadas aos desafios do mercado de trabalho:
“Estaremos aguardando cada uma de vocês em nossa sede, no Largo do Machado. A Fundação Santa Cabrini está de portas abertas para todas as pessoas em cumprimento de pena que buscam uma oportunidade de recomeço e transformação. Cada pessoa ressocializada da vida ilícita é mais uma vitória para toda a sociedade, e por isso, preparamos esse projeto em parceria com a Seap e o IFHT-UERJ, que irá qualificar 90 detentas ao todo” explicou o Presidente da Fundação.
Conforme a Lei de Execução Penal (N° 7.210/84), o principal objetivo da pena privativa de liberdade não é meramente isolar ou excluir o indivíduo infrator, mas sim reintegrá-lo ao convívio social. Para isso, é preciso que o estabelecimento penitenciário seja um espaço de educação, qualificação e transformação social. Nesse sentido, o Subsecretário de reintegração social da Seap, Lúcio Flávio, reafirmou o compromisso da Secretaria com a reinclusão social da população em cumprimento de pena:
“A Secretaria de Administração Penitenciária, através de sua subsecretaria de reintegração social, tem a missão de prover toda a assistência social e educacional necessária para que cada uma de vocês retornem à sociedade devidamente qualificadas para o exercício profissional. Por meio dessa parceria com a Fundação Santa Cabrini e a Uerj-IFHT, estamos deixando para trás as paralisações em decorrência da pandemia, e retornando com força total com as ações e projetos de qualificação e cidadania, visando a ressocialização de cada uma de vocês.” concluiu.
Através de uma abordagem holística, abrangendo várias habilidades técnicas, acadêmicas e interpessoais, o programa de qualificação buscou formar profissionais completas ao mercado de trabalho, contribuindo significativamente com o sucesso profissional de cada detenta participante. De acordo com o coordenador pedagógico do programa “Mudar de Vida”, Ronaldo Melo, a solenidade de certificação representou uma nova fase não apenas na história das apenadas, mas do próprio diálogo que a sociedade tem com a população em cumprimento em pena.
“A UERJ, por meio do IFHT, acolheu cada uma dessas mulheres em cumprimento de pena não como ‘detentas’, mas sim como ‘educandas’ da própria Universidade. Desenvolvemos uma formação humana abrangente voltada ao mundo do trabalho, a fim de auxiliá-las na reconstrução de suas vidas em sociedade com dignidade e qualificação. Acreditamos que a sociedade fluminense como um todo precisa desenvolver um novo diálogo com a população prisional, sem estigmas ou preconceitos, mas com oportunidades de crescimento e ressocialização”, destacou.
Durante o evento, além das certificações, as formandas receberam kits de roupa íntima e higiene pessoal, e também assistiram a um filme especial de apresentação dos serviços oferecidos pelo Estado do Rio de Janeiro à população prisional, por meio da Fundação Santa Cabrini, que de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, realiza atendimentos ao público apenado em sua sede, no Largo do Machado.
Na solenidade contou com as presenças do Presidente da FSC, José de Sousa e Silva, o subsecretário da Seap de reintegração social, Lúcio Flávio; a Diretora do presídio Oscar Stevenson, Rosangela Gorete, o Coordenador Pedagógico do programa “Mudar de Vida” (Uerj-IFHT), Ronaldo Melo, o Secretário de Políticas sobre Álcool e Drogas de São Gonçalo, Wanderson Dias; o Assessor especial do Governo, Marcos San, e da Coordenadora de Unidades femininas e população LGBTI+, Larissa Arantes.
Uma chance para recomeçar e acertar
Com os olhos cheios de lágrimas, Beatriz Maria dos Santos, 48 anos, realizou um discurso que comoveu todos os presentes no evento. Sentenciada a cumprir 8 anos e 9 meses de pena por tráfico de drogas, Beatriz conta que o programa “Mudar de Vida” lhe fez acreditar de novo na ressocialização.
“Aprender abre muito a nossa mente. Só tenho a dizer gratidão pela chance que a Fundação, a Seap e o IFHT estão dando para gente se qualificar aqui dentro do presídio. Tudo de errado ficou para trás e irei sair daqui, qualificada e com a cabeça erguida. Quero mostrar para minha mãe e minha família que mudei e que sou hoje uma nova pessoa”, afirmou.
Aplaudida de pé, Beatriz sorri e expressa no olhar a alegria de quem venceu e superou um passado obscuro. Presa em 19 de maio de 2018, ela relata que o convite de uma amiga para transportar drogas para o estado de Minas Gerais foi o estopim de tudo: “Estava vivendo uma situação financeira muito difícil, e o convite me pareceu a solução mais rápida e fácil para os meus problemas. Fui pega e presa no Bairro do Piraí. É uma cicatriz que nunca vai apagar na minha história. Estou pagando até hoje pelos meus erros. Mas tenho a certeza que já é um passado enterrado. Agradeço a Deus por estar viva e só quero lutar pelos meus sonhos de forma digna daqui pra frente”.
Bruna Henaut, 28 anos, mãe de duas filhas, começou a cumprir pena no presídio Oscar Stevenson, em Janeiro de 2022, e foi também certificada nesta terça-feira. Com 6 anos e 2 meses para cumprir de pena pelo crime de extorsão, Bruna reforça a importância de poder se qualificar dentro do presídio.
“Aqui é tipo Big Brother, o convívio é difícil e complicado, e sem fazer nada, a gente acaba surtando. Ocupar o nosso tempo aqui dentro com cursos e atividades construtivas é o que mais precisamos. Atualmente, trabalho no setor administrativo do ambulatório do presídio. Aprender e me qualificar é o meu objetivo. Quero sair daqui pronta para trabalhar”, relata.
Desde 1977, a Fundação Santa Cabrini acredita e investe no trabalho e na qualificação como instrumentos de reintegração social no estado do Rio de Janeiro. A instituição é grata pela parceria com o IFHT e a SEAP, por representar o ponto de recomeço na vida de cada pessoa em cumprimento de pena participante, assim como a própria retomada da ressocialização nas unidades penitenciárias do estado do Rio de Janeiro.
Postado por admin em 27/jun/2022 - Sem Comentários
*Crédito de Imagem: Lua Vieira
Empreender é mais do que vender um serviço ou produto. Empreender é sobre deixar um legado no mundo, oferecendo algo que mude a vida das pessoas. Assim, imagine se você pudesse transformar a vida de alguém com o seu negócio, contribuir com uma sociedade mais segura e inclusiva, e ainda reduzir ao mesmo tempo os custos pela metade? A Lei de Execução de Penal (7.210/84), mais conhecida como “LEP”, que regulamenta o trabalho prisional, é o investimento ideal para todo empresário que queira conciliar redução de gastos com mais responsabilidade social para o seu empreendimento. Confira abaixo cinco motivos que tornam a LEP a melhor opção para sua empresa:
Redução de aproximadamente 50% dos custos
Empregar uma pessoa em cumprimento de pena é apoiar a sua superação e reintegração ao convívio social. Em vista disto, a contratação de apenados pela LEP é isenta de encargos sociais e trabalhistas, o que reduz por volta de 50% os custos contratuais em relação ao regime tradicional da Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT). Para o Presidente da Fundação Santa Cabrini, José de Sousa e Silva, a contratação pela LEP é uma ótima oportunidade para conciliar contenção de gastos e aumento da responsabilidade social:
“O desafio de ressocializar o apenado exige a participação de toda a sociedade, sendo o papel da iniciativa privada fundamental nesse processo. Sem uma nova chance profissional no mercado de trabalho, como a pessoa em cumprimento irá se reintegrar na sociedade? Pensando nisto, a nossa legislação de execução penal oferece isenção de encargos sociais e trabalhistas às empresas contratantes, que além de desfrutarem de uma mão de obra treinada e qualificada pela FSC, também obtêm uma redução significativa de gastos tributários. É um estímulo para que mais empreendedores conheçam e apoiem o trabalho prisional na sociedade”, explica.
Contratação segura e desburocratizada
Visando a satisfação dos contratantes com o trabalho prisional, a Fundação Santa Cabrini realiza um trabalho minucioso de seleção e treinamento de cada apenado empregado. O setor de empregabilidade da FSC, que intermedia a relação entre a pessoa sob pena privativa de liberdade e o contratante, coordena visitas, monitorias e inspecções periódicas reguladas nos locais de trabalho, a fim de monitorar e reforçar o bom desempenho profissional por parte dos colaboradores em comprimento de pena. Além disso, cabe ressaltar que no modelo da LEP, não há aviso prévio nem vínculo empregatício. Assim, a contratação resguarda os interesses do contratante, tendo em vista que em caso de alguma postura não satisfatória por parte do apenado, a sua substituição por outro que esteja apto às atividades poderá ocorrer de forma imediata e sem complicações. Ademais, dependendo da contratação, a legislação também prevê a possibilidade de aquisição dos produtos e serviços do trabalho prisional, sem a necessidade de licitação.
Mão de obra qualificada que atende às suas expectativas profissionais
A FSC trabalha diariamente para entregar profissionais competentes e qualificados ao mercado de trabalho. Para isso, antes de ser encaminhado às vagas de emprego, todo apenado passa por oficinas de capacitação e treinamento profissional. Há uma triagem que prepara e seleciona as pessoas sob penas privativas de liberdade para as vagas, levando em consideração os requisitos e preferências do contratante.
Outrossim, em virtude da Portaria n° 402, publicada em Diário Oficial (31/01), a FSC possibilita a contratação por diferentes remunerações ou níveis de gerenciamento (que vão de zero a oito no total), tendo em vista o grau de qualificação e competência esperado pela empresa. Em outras palavras: é possível garantir a excelência e produtividade da sua empresa, e ao mesmo tempo, contribuir com a ressocialização na sociedade.
Transformação de vidas e contenção da reincidência criminal
Reintegrar o apenado é prevenir que o mesmo retorne à ilicitude e à conduta infratora da ordem pública. A reincidência criminal é um dilema que compromete a segurança da sociedade fluminense, que já apresenta a terceira maior população penitenciária do país, com quase 52 mil pessoas em cumprimento de pena, segundo o último censo do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Diante disso, o acesso ao mercado de trabalho é fundamental para que essas pessoas sejam de fato ressocializadas e reintegradas ao seio social. Assim, contratar pessoas em cumprimento de pena pela LEP, além de trazer benefícios econômicos pela isenção de encargos sociais e trabalhistas, também amplia irrefutavelmente a responsabilidade e impacto social da empresa contratante. A parceria com a FSC na contratação de apenados permite que a empresa assuma um legado extraordinário na construção de uma sociedade mais inclusiva e segura para todos.
Redução do encarceramento e dos gastos públicos com unidades penitenciárias
Segundo o último censo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Brasil apresenta atualmente a maior população carcerária já registrada em sua história: Com 919.651 presos, o país tem a terceira maior população prisional do mundo, estando atrás apenas dos Estados Unidos e China. Se a sociedade como um todo não se unir na promoção de políticas e ações voltadas à ressocialização deste público, o quantitativo de encarcerados irá aumentar, agravando, por conseguinte, também os gastos para manter o sistema penitenciário, que já preocupa gestores públicos em todo o país. Ademais, o custo de não ressocializar é muito alto: mais violência e criminalidade.
Desse modo, é preciso prevenir para economizar, reintegrar para não reincidir. A contratação pela Lei de Execução Penal é um investimento triplo, que beneficia todos os envolvidos: o apenado, que passa a ter a chance de retomar a sua vida profissional com dignidade e qualificação; a empresa contratante, que será isenta de encargos sociais e trabalhistas, e por isso, terá uma redução de custos contratuais quase pela metade, e à própria sociedade em geral, favorecida com mais inclusão, segurança e menos violência a longo prazo.
VEM COM A LEP!
Não perca mais tempo! Deixe o seu legado no mundo! Seja parceiro da Fundação Santa Cabrini e tenha os benefícios da Lei de Execução Penal (7.210/84) para sua empresa. Para mais informações, entre em contato com o nosso setor comercial, pelos números, (21) 2334-4141 ou 2334-3948, ou pelo e-mail comercial@santacabrini.rj.gov.br.
Postado por admin em 13/jun/2022 - Sem Comentários
Fundação Santa Cabrini treina e emprega população em cumprimento de pena
Nesta segunda-feira (13), mais seis pessoas em cumprimento de pena foram capacitadas e empregadas pela Fundação Santa Cabrini. Desde da última sexta-feira (10), o grupo tem passado por uma série de oficinas de capacitação profissional, a fim de prepará-los para os desafios do mercado de trabalho.
A Fundação Santa Cabrini, no âmbito de sua Diretoria de Produção e Comercialização, oferece atendimento social e qualificação profissional à população apenada atendida. O objetivo, segundo a Diretora do setor, Cláudia Edna, é potencializar as oportunidades de reingresso ao mercado de trabalho por parte dos apenados, assim como conceder as ferramentas necessárias para uma vida saudável em sociedade:
“A experiência prisional em si, aliada ao contexto de violência e marginalidade em que muitos estão inseridos desde a pré-adolescência, pode gerar entraves que dificultam a reinserção social da população em cumprimento de pena. Diante disso, antes de encaminharmos a pessoa apenada às vagas de trabalho, oferecemos ao grupo acompanhamento psicossocial e treinamentos profissionais, com o intuito de auxiliá-lo a desconstruir o passado e as vivências ilícitas em prol de uma nova vida com saúde, bem-estar emocional, qualificação e dignidade.” explicou.
Nesse contexto, os apenados participaram nesta segunda-feira (13) de treinamentos para Assistente de Serviços Gerais e Assistente Administrativos, conduzidos pelo setor de qualificação da FSC. Para o Irapuan Oliveiras, 31 anos, preso em 2015 por tentativa de roubo, a oportunidade está sendo o divisor de águas em sua vida:
“Tanto as drogas quanto o crime são um círculo vicioso muito difícil de quebrar. Mas não é impossível, e eu sou prova disso. Depois de quase uma vida inteira no erro, estou decidido a recomeçar. Agradeço a Fundação Santa Cabrini por acreditar em mim.” afirma Irapuan, que além das oficinas, também recebeu sua carta de emprego.
Fundação Santa Cabrini: Desde 1977, transformando vidas em cumprimento de pena por meio do trabalho e da qualificação profissional.
Postado por admin em 19/maio/2022 - Sem Comentários
Desde o início de 2022, Fundação Santa Cabrini já capacitou mais de 300 pessoas em cumprimento de pena ao mercado de trabalho. O treinamento profissional ao público apenado ocorre diariamente na sede da instituição, no Largo do Machado, zona Sul do Rio.
A Lei de Execução Penal n° 7.210/84 determina, em seu Art. 10, que “…a assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade.” Seguindo essa direção, a Fundação Santa Cabrini oferece oficinas de qualificação profissional à população apenada do estado do Rio de Janeiro, visando contribuir com o seu retorno ao mercado de trabalho.
Para o instrutor do setor de qualificação da FSC, Bruno Santos, a preparação profissional de cada preso é uma das principais preocupações da instituição:
“Sair do sistema prisional para o convívio em sociedade é uma longa travessia. Somos a ponte do estado responsável por ajudar o apenado a realizar essa passagem e, por isso, tornar cada gerenciado um profissional competente e qualificado, essa é a nossa prioridade.” afirmou Bruno Santos, orientador profissional da FSC.